Segundo Bavaresco e Ferreira (2013, p. 207) “ensinar História é estimular as crianças a refletirem e fazerem descobertas relacionadas, primeiramente à sua História. A informação pronta e acabada torna a criança um ser passivo em relação ao saber e distante do processo histórico”, e o que poderia mudar isso é proporcionar que a criança compreenda os processos de construção do conhecimento, se quisermos que esta venha a participar ativamente na sociedade.
O ensino de História para crianças consiste em fomentar o sentido de identidade e o interesse pela sua História e pelo passado, oportunizar a compreensão do presente, além de auxiliar na compreensão de suas próprias raízes culturais e da herança comum (PRATS, 2006).
Na Educação Infantil, o ensino de História se materializa através do desenvolvimento do pensamento histórico-social, pois ao observarmos as potencialidades formativas que o ensino de História proporciona (SANTOS; LIMA, 2014), fica evidente a função do pensamento histórico-social não só para a Educação mas também para toda a sociedade.
Considerando que o ensino de História tem grande responsabilidade na efetivação da aprendizagem da historicidade do Tempo, afirmamos que a Educação Infantil, como primeira etapa da Educação Básica, tem uma função integradora nesse processo, que desde muito cedo é iniciado na vida das crianças e está associado às suas práticas de sociabilidades e as suas memórias. Isso porque, em sua maioria, as crianças que frequentam a Educação Infantil, o fazem desde a creche, atendendo crianças a partir dos três a quatro meses de idade.
Inferimos assim que, desde a primeira infância cabe a Educação trabalhar os conceitos e as categorias de Tempo, pois “não há como pensar historicamente sem a ideia de passagem, deslocamento, transformação, e essa sensação só é possível por meio da abstração chamada tempo” (FREITAS, 2010, p. 206).